Observação das nuvens - Parte do CapVII do livro IMO
Cap. VII - Observação das nuvens. - Aspecto das nuvens. - Observação das nuvens. - Nebulosidade. - Formas das nuvens. - Identificação do género das nuvens. - Altura da base das nuvens. - Movimento das nuvens. - Observação nocturna das nuvens. - Efeitos orográficos.
Uma nuvem pode ser definida como um conjunto visível de minúsculas partículas de água no estado líquido ou no estado sólido, ou nos dois, em suspensão na atmosfera. Este conjunto pode incluir partículas maiores de água líquida ou de gelo. Podem também estar presentes partículas sólidas e mesmo líquidas não aquosas, e partículas sólidas tais como as que se encontram nos vapores industriais, fumos ou poeiras.
VII - 1 - Aspecto das nuvens
O aspecto de uma nuvem é determinado pela natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que o constituem. Depende também da intensidade e cor da luz recebida pela nuvem, assim como das posições relativas do observador e da fonte luminosa, em relação à nuvem.
A melhor maneira de descrever o aspecto de uma nuvem é objectivar as suas dimensões, forma, estrutura, textura, luminância e cor da nuvem. Comecemos por considerar a luminância e a cor das nuvens.
a) Luminância
A Luminância (brilho) de uma nuvem é determinada pela luz reflectida, difundida e transmitida pelas partículas que a constituem.
A luz na sua maior parte, vem directamente da fonte luminosa ou do Céu. Pode também vir da superfície do Globo, sendo particularmente forte quando se trata da luz do Sol ou da sua reflectida por um campo de gelo ou de neve.
A luminância de uma nuvem pode ser modificada pela presença de bruma. Pode também sê-lo por fenómenos ópticos, tais como halos, arco-íris, coroas, glórias1, etc..
Durante o dia, a luminância das nuvens é suficientemente elevada para ser fácil observá-las. Numa noite de luar, as nuvens são visíveis quando mais de um quarto da Lua se encontra iluminado. Numa noite sem luar, pelo contrário, as nuvens são geralmente invisíveis.
Em zonas de iluminação artificial suficiente as nuvens são visíveis à noite. Um banco de nuvens iluminado deste modo pode constituir um fundo brilhante, contra o qual sobressaem, em relevo escuro, fragmentos de nuvens mais baixas.
b) Cor
Uma vez que as nuvens difundem, com intensidade quase igual, a luz de todos os comprimentos de onda, a cor das nuvens depende principalmente da luz incidente.
No caso de existir bruma entre o observador e a nuvem, as cores podem modificar-se, havendo a tendência para dar às nuvens uma aparência de distantes e uma coloração amarela, laranja ou vermelha. Fenómenos luminosos especiais podem também influenciar a cor das nuvens.
Quando o Sol está suficientemente acima do horizonte, as nuvens ou partes de nuvens que difundem principalmente a luz do Sol, são brancas ou cinzentas. As partes das nuvens que recebem luz principalmente do Céu azul, são de um cinzento azulado. Quando a iluminação proveniente do Sol e do Céu é extremamente fraca, as nuvens tendem a tomar a cor da superfície subjacente. A cor das nuvens varia com a altura e a posição destas em relação ao observador e ao Sol.
VII - 2 - Observação das nuvens
A observação das nuvens, desde que seja completa, rigorosa e correcta, fornece uma grande quantidade de informações sobre a estrutura da atmosfera. Fornece também informações de utilidade para a previsão da evolução do estado do tempo.
A observação das nuvens divide-se em cinco partes:
a) estimativa da quantidade das nuvens ou nebulosidade
b) identificação das formas das nuvens
c) medição ou estimativa da altura da base das nuvens
d) determinação da direcção de onde vêm as nuvens
e) medição da velocidade de deslocação das nuvens,
de que se trata a seguir.
VII - 3 - Nebulosidade
A unidade de quantidade das nuvens é o oitavo. Esta unidade é um oitavo do Céu.
A escala usada para registar a quantidade de nuvens é a que se reproduz na
tabela que segue:
Código numérico Nebulosidade
0 Nenhuma
1 1/8, ou menos, mas não zero
2 2/8 de Céu coberto
3 3/8 de Céu coberto
4 4/8 de Céu coberto
5 5/8 de Céu coberto
6 6/8 de Céu coberto
7 7/8 ou mais, mas não inteiramente coberto
8 Céu completamente coberto
9 Céu obscurecido (por exemplo, por
nevoeiro), ou impossibilidade de avaliar a quantidade das nuvens (devido à escuridão)
Os "vestígios" de nuvens devem ser indicados pelo número de código 1. Este número utiliza-se para quantidades até 1/8, (mas inferiores a 3/16).
"Encoberto, mas com abertas" deve ser indicado pelo número 7. Este número deve ser utilizado para quantidades de, pelo menos, 7/8, (mas mais do que 13/16).
A quantidade das nuvens deve ser avaliada supondo que as nuvens existentes se encontravam juntas umas às outras, formando uma camada contínua. Primeiro divide-se o céu em quatro em quatro quadrantes, por meio de diâmetros perpendiculares. Avalia-se separadamente a quantidade existente em cada quadrante e depois somam-se as quatro quantidades.
É também necessário avaliar a quantidade das nuvens de determinada forma ou tipo, tais como nuvens baixas. Ao fazê-lo, a área ocupada por todas as outras formas ou tipos de nuvens, visíveis no momento, deve ser considerada como se fosse Céu azul.
Quando se pode ver o Sol ou as estrelas através do nevoeiro, poeira, fumo, etc., e não há provas de existência de nuvens, o número de código utilizado é 0. Quando se observam nuvens através de nevoeiro ou outros fenómenos, a quantidade deve ser avaliada do modo como as circunstâncias o permitirem.
VII - 4 - Formas das nuvens
A identificação das formas das nuvens não é fácil, dado que há uma transição gradual entre os diversos tipos de nuvens. A melhor maneira de fazer observações correctas das nuvens é manter uma vigilância, tanto quanto possível constante, sobre a sua evolução. Não basta fazer simplesmente um exame breve ao Céu à hora da observação.
O estudo das diversas formas das nuvens deve ser acompanhado de uma observação contínua de fotografias de nuvens. Quando se tenta identificar nuvens no Céu, é necessário, em caso de dúvida, ter sempre em consideração a sua definição correcta e examinar as fotografias correspondentes.
Já anteriormente se tratou da classificação das nuvens, assim como das definições das diversas formas das nuvens. (ver Tábua III.1.).
Apresentam-se, de seguida, algumas das características utilizadas para identificar as formas das nuvens mais importantesVII - 5 - Identificação do género das nuvens
Algumas das características utilizadas na
distinção dos diversos géneros de nuvens são as seguintes:
(a) Cirro (Ci) |
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(i) Andar (ii) Definição |
Superior Nuvens isoladas - filamentos brancos e delicados bancos ou faixas estreitas brancas ou quase brancas - aspecto fibroso ou sedoso.
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(iii)
Constituição física |
Estas nuvens são constituídas por cristais de aspecto gelo. Quando se apresentam em bancos podem ter espessura suficiente para obscurecer o Sol. São sempre brancas quando o Sol está suficientemente acima do horizonte.
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(iv) Principais diferenças entre os Ci e outras nuvens |
Ci e Cc - Os cirros (Ci) têm um aspecto predominantemente fibroso ou. sedoso - Não incluem pequenos elementos nebulosos em forma de grãos, nem apresentam pregas, etc..
Ci e Cs - Os cirros (Ci) têm uma estrutura descontínua. - Quando se apresentam em bancos ou faixas, os Ci têm menor extensão horizontal ou partes contínuas estreitas.
- Frequentemente é difícil distingui-las, quando próximas
do horizonte.
Ci e Ac
- As nuvens Ci são mais
sedosas ou fibrosas. Ci e As - As nuvens Ci têm menor extensão horizontal e quase sempre um aspecto branco.
|
(v) Formação |
No ar limpo formam-se muitas vezes
tufos de Ci. Estes
podem também resultar da transformação de
Cs não uniformes, por evaporação das suas partes menos espessas |
(b) Cirrocúmulo (Cc) |
|
(i)Andar (ii) Definição |
Superior Banco, lençol ou camada delgada de nuvens brancas, sem sombras próprias, constituídas por elementos muito pequenos em forma de grãos, de pregas, etc.; ligados ou não, e dispostos mais ou menos regularmente; a maioria dos elementos tem largura aparente inferior a um grau |
|
Estas nuvens são constituídas quase exclusivamente por cristais de gelo. Podem existir gotículas de água sobrefundidas, mas em regra passam rapidamente a cristais de gelo. Podem apresentar-se em bancos com a forma de lente ou amêndoa. Raramente, os elementos são pequenos tufos. Sempre suficientemente pouco espessos para revelarem a posição do Sol ou da Lua. Observam-se por vezes irisações2 ou. uma coroa3 |
(iv)Principais diferenças entre Cc e outras nuvens |
Cc e Ci - Ver Ci – Cc e Cs - Dividido em elementos menores.
- Podem incluir partes fibrosas ou
sedosas mas estas não são predominantes. Cc e Ac - A maioria dos elementos é menor do que os dos Ac (inferior a 1 grau) e sem sombra própria.
|
(v) Formação |
Os Cc podem formar-se no ar limpo. Os
Cc podem também resultar de uma
transformação de Ci ou Cs, ou de uma
diminuição de dimensões dos
elementos de uma formação de Ac |
(c) Cirrostrato (Cs) |
|
(i) Andar (ii) Definição |
Superior Véu nebuloso transparente e esbranquiçado, de aspecto fibroso ou liso, que cobre total ou parcialmente o Céu. Pode produzir fenómenos de halo4. |
(iii)
Constituição física e |
Esta nuvem é constituída principalmente aspecto cristais de gelo. Pode apresentar-se em forma de véu fibroso com estrias finas, pode assemelhar-se a um véu nebuloso. A orla pode ser às vezes bem nítida, mas é mais frequentemente franjada de cirros. Os Cs nunca são suficientemente espessos para impedir os objectos no solo de dar sombras .Os Cs ténues produzem frequentemente fenómenos de halo. Às vezes, o Cs é tão ténue, que o halo constitui a única indicação da sua presença. |
(iv) Principais diferenças entre Cs e outras nuvens |
Cs e Ci Ver Ci. Cs e Cc - O Cs não apresentam características tais, como grãos, pregas etc. Cs e As - O Cs é menos espesso do que os As, e pode apresentar fenómenos de -halo. - A lentidão na variação de espessura aparente são características dos Cs, constituem indícios úteis para a distinção entre Cs e As ou St Cs e St - O Cs é esbranquiçado em toda a extensão e tem um aspecto fibroso.
Cs e Bruma seca - O Cs distingue-se da bruma seca porque esta é
opalescente ou tem uma cor entre amarelo sujo e acastanhado. - - Às vezes é
difícil distinguir os
Cs atravessada bruma seca.
|
(v) Formação |
Os Cs formam-se em
resultado da subida lenta de camadas de ar, de
grande extensão horizontal, para níveis suficientemente altos. Podem
também resultar da junção de Ci ou de
elementos de Cc. Além disso,
os Cs podem
resultar do adelgaçamento de As ou do espraiamento da bigorna de um
Cb. |
(d) Altocúmulo (Ac) |
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(i) Andar (ii) Definição |
Médio Banco, lençol ou camada de nuvens brancas ou cinzentas, geralmente com sombras próprias, constituídas por lâminas, massas globulares, rolos, etc., às vezes parcialmente fibrosos ou difusos, ligados ou não. A maioria dos elementos dispostos regularmente têm largura aparente entre um e cinco graus.
|
(iii)
Constituição física |
Estas nuvens são parcialmente compostas por gotículas de água sobrefundidas. Podem verificar-se camadas de altocúmulos a dois ou mais níveis e com transparência bastante variável Observam-se frequentemente irisações ou uma coroa no Ac.
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(iv) Principais diferenças entre Ac e outras nuvens |
Ac e Cc - Se as nuvens tiverem sombras próprias são, por definição, Ac, mesmo que os seus elementos tenham uma largura aparente inferior a 1 grau.
- As nuvens sem sombra própria são Ac se
a largura aparente da maioria dos
elementos regularmente dispostos for superior a 1 grau e inferior a 5
graus.
Ac e As - Ac se houver
qualquer indício de presença de lâminas, massas globulares, rolos, etc.. Ac e Sc - Se a maioria dos elementos regularmente dispostos tiver uma largura aparente de 1 a 5 graus, a nuvem é Ac.
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(v) Formação |
Os Ac formam-se frequentemente na orla de uma camada extensa de ar ascendente, ou como resultado da turbulência ou convecção no andar médio. Os Ac podem resultar do aumento de dimensões ou do espessamento de alguns elementos, pelo menos, de um lençol de Cc ou da transformação de As ou Ns. Os Ac formam-se muitas vezes como resultado do espraiamento de Cu ou Cb.
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(e) Altostrato (As) |
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(i) Andar (ii) Definição |
Médio Lençol ou camada de nuvens acinzentadas ou azuladas de aspecto estriado, fibroso ou uniforme, que cobre total ou parcialmente o Céu e tem porções suficientemente ténues para que se veja o Sol, pelo menos vagamente, como através de vidro despolido. O altostratos não produz fenómenos de halo.
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(iii)
Constituição física e aspecto |
Os altostratos (As) são constituídos por gotículas de água e cristais de gelo, gotas de chuva e flocos de neve. Os As formam-se quase sempre em resultado da subida lenta de camada de ar, de grande extensão horizontal, para níveis suficientemente altos. Nos trópicos, os altostratos (As) resultam às vezes do espraiamento da porção média ou superior de um Cb. Podem também resultar de um Ac em camada ou do aumento da espessura de um Cs em véu.
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(iv) Principais diferenças nuvens |
As e Cs - Os altostratos (As) impedem os objecto no solo de darem sombra, e apresentam o
efeito do vidro
despolido, enquanto os Cs apresentam fenómenos de halo.
As e Ac ou SC - Os altostratos distinguem-se pelo seu aspecto mais uniforme. As e Ns - Os altostratos têm sempre porções mais ténues que podem deixar ver o Sol. - Os altostratos têm também uma côr cinzenta mais clara e a superfície inferior geralmente menos uniforme do que Ns. - Quando, em noites sem luar, há dúvidas, trata-se de altostratos se não houver precipitação de chuva ou de neve.
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(v) Formação |
Os altostratos (As) resultam, na maioria dos casos, da subida lenta de camadas de ar, de grande extensão horizontal, para níveis suficientemente altos. Os altostratos podem também resultar do espessamento de Cs em véu ou do adelgaçamento de Ns em camada. Às vezes resultam do espraiamento de um Cb ou geram-se a partir de um Ac em camada.
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(f) Estratocúmulo(Sc) |
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(i) Andar (ii) Definição |
Inferior Banco, lençol ou camada de nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, ou cinzentas e esbranquiçadas, quase sempre com porções escuras, constituídas por massas em mosaico, glóbulos, rolos, etc., de aspecto não fibroso (excepto quando virga), ligadas ou não. A maioria dos pequenos elementos dispostos regularmente têm largura superiora 5 graus.
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(iii)
Constituição física e aspecto |
Estas nuvens são constituídas principalmente por gotículas de água. As dimensões, espessura e forma dos elementos são muito variáveis. Têm também uma transparência bastante variável.
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(iv) Principais diferenças entre Sc e outras nuvens |
Sc e Ac - Se a maioria dos elementos regularmente dispostos tiver largura superior a 5 graus, a nuvem é Sc. Sc e As, Ns ou St - Indícios da presença de elementos demonstram ser Sc. Sc e Cu - O Estratocúmulo (Sc) tem geralmente os elementos em grupos ou bancos e com topos achatados. - Quando os topos dos Sc têm a forma de cúpulas, assentam (ao contrário dos Cu) numa base comum.
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(v) Formação |
- Os Estratocúmulo (Sc) formam-se frequentemente pelo espraiamento de Cu ou Cb. Resultam também de turbulência ou convecção junto à base de Ns ou As. Podem também formar-se como resultado da elevação de estratos (St) em camada. Podem também resultar do aumento de dimensões de, pelo menos, alguns elementos de Ac.
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(g) Nimbostrato(Ns) |
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(i) Andar (ii) Definição |
Pode formar-se nos andares inferior ou médio, mais geralmente no inferior. Camada nebulosa cinzenta, muitas vezes sombria. O aspecto torna-se difuso pela queda mais ou menos contínua de chuva ou neve. É suficientemente espesso, em todos os pontos, para ocultar o Sol. Por baixo da camada, existem frequentemente nuvens baixas esfarrapadas, ligadas ou não a ela.
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(iii)
Constituição física e aspecto |
Esta nuvem é constituída por
gotículas de água, gotas
de chuva, flocos de neve, cristais de gelo ou uma
mistura destas
partículas. O Ns forma-se,
frequentemente, em resultado da
subida lenta de camadas de ar,
de grande extensão, para níveis suficientemente
altos. Pode também resultar do espessamento de As. O Ns forma-se também, às vezes,
pelo espraiamento de Cb.
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(iv) Principais diferenças entre Ns e nuvens |
Ns e As - Ver As. Ns e Ac ou Sc - O Ns não tem elementos com contornos nítidos, nem uma base nítida.
Ns e St - O Ns produz
chuva ou neve, enquanto a precipitação de St é em
forma de chuvisco. Ns e Cb - Quando o observador está por baixo de um Cb com aspecto de Ns, os relâmpagos, trovões ou saraiva identificam a nuvem como Cb.
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(v) Formação |
O Ns forma-se mais frequentemente na subida lenta de camadas de ar, de grande extensão horizontal, para níveis suficientemente altos. Pode também resultar do espessamento de As, ou raramente de Sc ou Ac. Há ocasiões em que se forma pelo espessamento de Cb.
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(h) Estrato (St) |
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(i)Andar (ii) Definição |
Inferior Camada nebulosa, geralmente cinzenta, de base bastante uniforme. Quando se vê o Sol através da camada, o contorno é nítido. Às vezes os St apresentam-se em forma de bancos esfarrapados. A precipitação, quando existe, é sob a forma de chuvisco
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(iii)
Constituição física e aspecto |
Os St são, em regra, constituídos por pequenas gotículas de água. Quando espessos, podem conter gotículas de chuvisco, prismas de gelo ou neve em grãos. Geralmente apresentam-se uniforme, com base baixa. Podem ser tão ténues que permitam distinguir nitidamente o contorno do Sol ou a Lua.
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(iv) Principais diferenças entre St e nuvens semelhantes |
St e As - Os St não esbatem o contorno do Sol.
St e Ns - Os St têm geralmente uma
base uniforme e bem
definida. Os St têm
um aspecto "seco" que contrasta
com o aspecto "molhado" do Ns. Quando
acompanhados de
precipitação distinguem-se facilmente, porque os St
só
dão precipitação fraca de chuvisco.
St e Sc - Os St não revelam indícios da presença de elementos, ligados ou não. St e Cu - Os St em fragmentos esfarrapados são menos brancos e menos densos, e, têm menor extensão vertical.
|
(v) Formação |
Os estratos em camadas resultam do arrefecimento das camadas mais baixas da atmosfera. Podem também formar-se St esfarrapados, em forma de nuvens acessórias, por efeito da turbulência, quando o ar fica mais húmido pela precipitação proveniente de As, Cb, Ns ou Cu. Os St podem resultar de Sc, quando a superfície dos Sc desce, ou perde, o relevo ou subdivisões aparentes. Um mecanismo vulgar da formação de St, é a subida lenta de uma camada de nevoeiro, por aquecimento da superfície do Globo ou aumento da velocidade do vento.
|
(i) Cúmulo (Cu) |
|
(i) Andar (ii) Definição |
Inferior Nuvens isoladas, geralmente densas e de contornos nítidos. Desenvolvem-se verticalmente em forma de montículos, cúpulas, torres, etc., cuja região superior parece muitas vezes uma couve-flor. As porções iluminadas pelo Sol são quase sempre de um branco brilhante, enquanto a base é realmente sombria, e sensivelmente horizontal. Estas nuvens (Cu) são, às vezes, esfarrapadas.
|
(iii)
Constituição física e aspecto |
Os cúmulos são principalmente constituídos por gotículas de água. Podem formar-se cristais de gelo nas porções da nuvem em que a temperatura seja bastante inferior a 0 oC. Os cúmulos (Cu) podem variar muito de extensão vertical, podendo ter um aspecto achatado ou chegar a parecer uma enorme couve-flor precipitação em forma de aguaceiros. Pode às vezes formar-se um cúmulo esfarrapado de mau tempo, por baixo de um grande cúmulo com precipitação.
|
(iv) Principais diferenças entre Cu e nuvens semelhantes |
Cu e Sc - Devem classificar-se como cúmulo enquanto os topos tiverem a forma de cúpula e as bases não estiverem ligadas Cu e As ou Ns - Se a precipitação for do tipo aguaceiros, a nuvem é um cúmulo. Cu e Cb - Enquanto todas as partes superiores tiverem contornos bem nítidos, e não aparecer textura fibrosa ou estriada, a nuvem é cúmulo. Se vier acompanhado de relâmpagos, trovões ou saraiva, então é Cb.
|
(v) Formação |
Os cúmulos (Cu) formam-se em correntes de convecção, que se estabelecem quando o gradiente vertical da temperatura nas camadas inferiores da atmosfera é bastante forte. Tais gradientes podem resultar de vários mecanismos, dos quais ou mais vulgares são: - Aquecimento de ar junto à superfície do Globo. - Arrefecimento ou advecção de camadas de ar frio com expansão vertical. - Subida de camadas de ar com expansão vertical.
|
(j) Cumulonimbo (Cb) |
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(i)
Andar
(ii)
Definição (i) Andar (ii) Definição |
Inferior Nuvem densa e forte de grande extensão vertical, em forma de montanha ou enormes torres. A região superior, pelo menos em parte, é, em regra, lisa, fibrosa ou estriada, e quase sempre achatada. Esta parte espraia-se frequentemente em forma de bigorna ou grande penhacho.
|
(iii)Constituição física e aspecto
e aspecto |
O cumulonimbo Cb) é constituído por gotículas de água,
e, sobretudo na
parte superior, por cristais de gelo. Contém também grandes gotas de
chuva e, muitas
|
( iv) Principais diferenças entre Cb e nuvens semelhantes |
Cb e Ns - Quando cobre
grande parte do Céu, pode facilmente confundir-se
com Ns. Se a precipitação for
em aguaceiros ou acompanhada de trovões, saraiva ou relâmpagos, considera-se que
a nuvem é Cb. Cb e Cu - Quando uma parte, pelo menos, da região superior, perde a nitidez de contornos, é um Cb. - Trovões, relâmpagos ou saraiva indicam a presença de Cb
|
(v) Formação |
Os Cb provêm normalmente de cúmulos (Cu) grossos e fortemente desenvolvidos, por evolução contínua. Os Cb provêm às vezes de Ac ou Sc, cujas porções superiores têm protuberâncias em forma de pequenas torres. Podem também resultar da transformação, e evolução, de uma porção de As ou Ns.
|
.
b) Numa noite sem luar:
Ci ou Cc
Sc
St |
Ci ou Cc - Algumas estrelas brilhantes, outras
esbatidas; quando iluminados
antes do nascer e depois do pôr do
Sol, têm uma cor avermelhada. O esbatimento das
estrelas pode ser devido a
neblina ou fumo.
Cs - Todas as estrelas mais ou menos ofuscadas e com contornos difusos.
Ac - Estrelas
obscurecidas pelos fragmentos de nuvem, desaparecendo e
reaparecendo a intervalos regulares.
As - Se a nuvem cobre todo o Céu, as estrelas são invisíveis; se a camada não é contínua, algumas estrelas são visíveis mas sem desaparecerem e reaparecerem a intervalos regulares. Se a espessura aumenta e a base desce, pode vir acompanhado de chuva; esta fase será constatada por observações precedentes.
Ns - Altostrato (As) de altura média,
geralmente acompanhado de
chuva.
Sc - SEM NUVENS POR CIMA: O mesmo que para os Ac, mas ás vezes pode verificar-se chuvisco. Vento geralmente fraco. Sobre as grandes cidades, a superfície inferior é frequentemente iluminada pelas luzes. O uso de bons projectores de nuvens auxiliará a identificação. COM NUVENS POR CIMA: A menos que a nuvem se situe sobre uma zona muito iluminada, só será visível com a ajuda de um projector de nuvens.
Cu - Só pode distinguir-se de Ac ou de Sc fragmentados se for bem desenvolvido e acompanhado de aguaceiros.
Cb - O mesmo que para Cu, excepto que podem ser acompanhados de trovões e/ou relâmpagos.
St Se a camada não é contínua há
estrelas visíveis; só pode
distinguir-se de As se
vier acompanhado de
chuva e neblina com
vento fraco ou calma. Não deve
confundir-se com Sc. Pode reflectir luzes de cidades, etc.,
e tem aspecto uniforme.
Normalmente não se
distinguem os estratos
"fractus" de mau tempo devido às
nuvens que haja por cima. |
NOTA: |
É necessário cuidado quando há nevoeiro. A visibilidade é reduzida. As estrelas podem ser
ligeiramente visíveis com
contornos brumosos. As luzes de lâmpadas de
fila- mento metálico ficam com aspecto amarelado |
Tabela. VII.1 Classificação das nuvens
|
Nuvens |
Mãe |
|||
Género |
Espécie |
Variedades |
Particularidades suplementarias e nuvens Acessórias |
Genitus |
Mutatus |
Cirro |
fibratus
uncinus-
spissatus
castellanus
flucrus |
incortus
radiatus
vertebratus
duplicatus |
mammas |
Cirrocúmulus
Altocúmulos
Cumulonimbos |
Cirrostatos |
Cirrocúmulo |
stratiformis
lenticulares
castellanus
focus |
undalatus
lacunosus |
virga
mamma |
|
Cirrus
Cirrustratus
Altocúmulus |
Cirrrostrato |
fibratus
nebulosus |
duplientus
undulatus |
|
Cirrocúmuos
Cumulonimbos |
Cirrus
Cirruscúmulus
Altocúmulus |
Altocúmulo |
stratiformis
lenticulares
castellanus
focus |
translucidos
perlucidod
opacus
duplicatus
undulatus
radiatus
lacutiosus |
virga
mamma |
Cúmulos
Cumolonimbos |
Cirrocúmulos
Altostratus
Nimbostratos
Estratocúmulos |
Altostrato |
|
translucidos
opacus
duplicatus
undulatus
radiatus |
virga
praecipitatio
pammus
mamma |
Altocúmulo
Cumulonimbos |
Cirrostratos |
Nimbostrato |
|
|
Precipitatio
virga
pannus |
Cúmulo
Cumulonimbos |
Altocúmulo
Altostratos
Estratocúmulo |
Estratocú-mulo |
stratiformis
lenticulares
castellanus
focus |
translucidos
perlucidod
opacus
duplicatus
undulatus
radiatus
lacutiosus |
Precipitatio
virga
mama |
Altostratos
Nimbostratos
Cúmulos
Cumulonimbos |
Altocúmulos
Nimbostratos
Estratos |
Estrato |
nebuloso
fractus |
translucidos
opacus
undulatus |
Precipitatio
|
Nimbostratos
Cúmulos
Cumulonimbos |
Estratocúmulos |
Cúmulo |
humilis
mediocris
congestus
fractus |
radiatus
|
pileus
velum
Precipitatio
virga
arcus
pannus
tuba |
Altocúmulos
Estratucúmulos |
Estratocúmulos
Estratos |
Cumulonimbo |
calvus
capillatus |
|
pileus
velum
Precipitatio
virga
arcus
pannus
tuba
íncus
mamma |
Altocúmulos
Altoestratos
Nimbostratos
Estratocúmulos
Cúmulos |
Cúmulos |
Classificação das nuvens simples
GRUPO |
CA |
MA |
DA |
(av.) |
Baixa (0-3 km) |
Media (3-7 km) |
Alta (>7 km) |
I |
Cúmulo de Bom tempo |
Cúmulo Inchado |
Cúmulo nimbos (sem precipitação.) |
II |
estrato |
alto estrato |
cirroestrato |
III |
estrato cúmulo |
alto estrato |
cirro estrato |
IV (formadoras de Precipitação) |
Nimboestrato |
cúmulo |
cirro |
V (não usual) |
enumerados |
por |
separado |
GRUPO I Cúmulos
Família dos cúmulos
São nuvens de base plana, em forma de couve-flor, com bordes nitidamente definidos e parte superior da torres elevam-se até diferentes alturas. As dimensões verticais e horizontais dos cúmulos são aproximadamente as mesmas. As dimensões verticais oscilam de centenas de metros até de 20 km.. O diâmetro horizontal varia desde o tamanho de uma maçã até uns poucos km.
GRUPO II ESTRATOS
Família dos estratos
Aparecem em camadas com a dimensão vertical pequena comparada com a horizontal. Em tanto que a grossura de um estrato típico pode ser de 0,5-1 km, a dimensão horizontal pode variar de 10 km a 1000 km. A área coberta pela nuvem pode ser de 1 000 000 de km2
GRUPO III CÚMULOS E ESTRATOS
A presença de camadas estáveis na atmosfera converte o movimento vertical em horizontal. Isto sucede com a frequência tal que merece a consideração do grupo separado.
Ao nível mais baixo encontra-se Frequentemente nuvens estratiformes Estas apresentam provas de células convectivas que produzem regiões grossas e finas na nuvem e determinam os movimentos de elevação e descida respectivamente. Esta nuvem denomina-se estratocúmulo.
Na camada média, o altocúmulo possuí a mesma composição celular. Algumas vezes as células estão dispostas em fios. Falando em geral, as regiões sem nuvens são mas pequenas que o espaço nebulado ocupado por o ar ascendente.
Nos níveis superiores, por cima do nível de congelação, persiste o mesmo modelo de uma nuvem formada por água sobre-arrefecida alguns cristais de gelo. as células individuais de convecção parecem mais pequenas , mais isto é principalmente devido a que estão a maior distância do observador. Esta nuvem é o Cirrocúmulo.
GRUPO IV NUVEMS QUE GERAM PRECIPITAÇÃO
Nimbos é o termo que aplica-se as nuvens deste tipo. A nuvem geradora de precipitação mais comum que encontra-se nos níveis baixos e médios é o nimbo-estrato
NUVENS QUE GERAM PRECIPITAÇÃO
Fig. III. 2 Os dez géneros de nuvens
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